Médico e farmacêutica alertam sobre os riscos do uso indiscriminado de medicamentos

O clínico geral, Rafael Balbisan, que atende nas Unidades Básicas de Saúde de Macieira alerta a população sobre os prejuízos causados pela utilização de medicamentos sem a devida prescrição e orientação médica.

Ele afirma que quando um paciente se automedica e faz uso abusivo de analgésico, pode tornar crônica uma dor que antes era apenas um episódio.

De acordo com ele, são remédios que as pessoas geralmente têm em suas casas e tomam sem a devida precaução.

O excesso de antiinflamatórios, como o nimesulida e o diclofenado são um grande problema, pois causam úlceras estomacais que podem, inclusive, perfurar o estomago, além de aumentarem a pressão arterial, e causarem problemas renais, muitas vezes, irreversíveis.

A farmacêutica do município, Verônica Almeida, ressalta que não é questão de não querer fornecer o medicamento, mas de o uso necessitar orientação médica.

De acordo com ela, até um simples xarope pode causar edema de glote. “Nós não queremos compactuar com a cultura da automedicação, tampouco, distribuir remédios sem prescrição médica. Na verdade, não é uma questão de querer. Como profissionais, devemos agir eticamente e evitar situações de risco”, afirmou.

Conforme relatou, muitas pessoas vão até o posto de saúde querendo adquirir um medicamento sem prescrição médica, sem saber que até mesmo um simples  paracetamol quando usado em excesso, pode trazer consequências graves, inclusive fatal,  podendo causar  falência hepática, ou seja, a destruição total do fígado.

Ela salienta que a população precisa ser informada, conhecer os riscos relacionados aos medicamentos e, sobretudo, procurar orientação médica ou farmacêutica toda vez que precise utilizar um medicamento.